Maria (do grego Μαρία, María, transliteração do hebraico, Maryam, Miriã ou Miriam, que significa "contumácia" ou "rebelião"; a origem é incerta, mas pode ter sido originalmente um nome egípcio, provavelmente derivado de mry ("amada") ou mr ("amor"), no sentido de "senhora amada"; era a mãe de Jesus de Nazaré, segundo a Bíblia. Acredita-se que tenha nascido em Jerusalém a partir de 15 a.C., embora alguns estudiosos acreditem que teria nascido em Nazaré. A veneração feita à Virgem Maria é conhecida por Marianismo.
Os dados estritamente biográficos derivados dos Evangelhos dizem-nos que era uma jovem donzela virgem, quando concebeu Jesus, o Filho de Deus. O Evangelho de João menciona que antes de Jesus morrer, Maria foi confiada aos cuidados do apóstolo João e a Igreja Católica viu aí que nele estava representada toda a humanidade, filha da Nova Eva.
É dezenove vezes citada no Novo Testamento, entre elas: «A virgem engravidará e dará à luz um filho... “Mas José não teve relações com ela, que deu à luz um filho, por obra do Espírito Santo”. E ele lhe pôs o nome Jesus.» (Mt 1:23-25).
Quando para-se para refletir sobre o significado da palavra MARIA na vida dos cristãos, por diversas formas pode-se entendê-la: seja como a Mãe do Deus feito Homem – Jesus Cristo, Mãe da Igreja ou ainda na mãe por adoção filial dos batizados em Cristo Jesus.
Pode-se ainda vê-la de outras formas: é a cheia de graça (Lc 1,28); a bendita entre as mulheres (Lc 1,42); mãe do Messias, Servo Sofredor (Jo 19,25-27); ou ainda a Serva do Senhor (Lc 1,47-53).
Por um momento na história Maria é o centro do desígnio de Deus. Por ela passam e se cruzam todos os caminhos. Com efeito, nela se encontram as duas Pessoas divinas que foram enviadas pelo Pai, o Filho e o Espírito. Primeiro o Espírito. Este desce sobre ela e arma nela a sua tenda, quer dizer, mora definitivamente em Maria. É o que o texto de Lc 1,35 deixa em luz cristalina. Estabelece-se uma relação única entre o Espírito e Maria. Ela é assumida pelo Espírito de forma tão radical que ela é elevada à altura do Divino. Por esta razão Lucas diz: “por causa disso, o Santo gerado será chamado Filho de Deus” (1,35). O Filho de Deus só pode provir de alguém feito Deus. Maria, portanto, é o templo vivo do Espírito.
O próprio Cristo quando na cruz a colocou como colaboradora íntima da obra salvadora por ele vivificada na cruz, em Jo 19, 26-27 tem-se: “Vendo a mãe e, perto dela o discípulo a quem amava, Jesus disse para a mãe: “Mulher, aí está o teu filho”“. Depois disse para o discípulo: “Aí está a tua mãe”. Ela sempre vivia em união com seu Filho, acompanhava-o passo a passo, associando-se a Ele, amando sempre aqueles que Ele amava. Em Jo 2,5 está explicitado todo o serviço que Maria presta aos homens e que consiste em abri-los ao Evangelho de Cristo e convidá-los a obedecer-lhe: “Fazei tudo o que ele vos disser”.
Maria, mesmo estando na gloria do Pai, age na terra, pois o seu coração de mãe é tão grande quanto o mundo e intercede sem cessar pelos povos junto a seu Filho Jesus. A Igreja hoje no seu renovar espiritual do povo de Deus, deve ter em Maria – o Evangelho encarnado, seja pelo modelo ideal da ternura do seu coração de Mãe, seja pelo acompanhamento e proteção que Ela se permite, para que Igreja tenha um novo caminho de peregrinação rumo ao Pai.
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