quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Meu amigo, meu tesouro

Conhece o pior de mim e me ajuda a mudar.

Um amigo fiel é uma poderosa proteção: “Quem o achou descobriu um tesouro”. (Ecle 6,14)

Como é bom conviver com pessoas com as quais podemos deixar-lhes um pouco de nós e levar um pouco delas, é uma bela experiência marcar o irmão e permitir ser marcado por ele com aquilo que temos de belo e, que é graça de Deus, nossa AMIZADE.

É muito gratificante ter um amigo com o qual podemos sorrir, chorar, discutir e nos reconciliar, para partilhar nossas idéias, e juntos construirmos um ao outro com aquilo que é o nosso sagrado, a nossa história de vida. É bom compreender que o vocábulo “amigo” é mais profundo do que imaginamos; o verdadeiro amigo é o grande tesouro que a maioria das pessoas anseiam ardentemente encontrar.

Vale a pena ressaltar que não posso nem devo viver na superficialidade de uma amizade, é preciso conhecer e dar-se a conhecer, pois o verdadeiro amigo tem a incumbência de ao conhecer o negativo do irmão se disponibilizar a ver além das aparências, pois a própria palavra nos diz: “Os homens vêem a aparência, mas Deus vê o coração.” (I Sm 6,7)

O verdadeiro amigo não é aquele que conhece apenas o melhor de mim, mas o que conhece o pior de mim e me ajuda a mudar. Por isso, é preciso permitir que o outro se sinta livre, pois a verdadeira amizade deve ter no centro Deus e não Eu, visto que só se pode ter um verdadeiro amigo quando o amor vem em primeiro lugar, o amor puro, genuíno e que me leva à santidade. O amigo tem a função de levar o outro para o céu, a amizade verdadeira deve ser sinal de Deus, de cura, de comunhão, alegria, crescimento, escuta, amor e pureza.

Por esta razão, cativemos com maturidade aquele que Deus colocou ao nosso redor – eles são presentes para nós são jóias raras que precisam ser contempladas naquilo que têm de mais precioso e que podem nos oferecer: A verdadeira amizade.

Desejo que você possa experimentar o amor de Deus através da presença de um amigo, sendo livre e permitindo que ele também o seja.

Guarde o seu tesouro (seu amigo) no lugar mais precioso do seu ser, o seu coração, ele merece e você também.

E para aqueles que viveram a experiência das decepções nas amizades, e que indiretamente fizeram votos internos de não mais confiar em ninguém, eu os exorto a viverem um tempo novo, de reconstruir o que foi perdido, de renascer das cinzas como a águia e viver intensamente suas amizades sem que tenham medo de ser felizes. Quando paramos nas limitações do irmão, é porque não tivemos a capacidade e o discernimento de olhar para dentro de nós mesmos e enxergar que o que não gosto no outro é algo que está presente em mim e do que não tenho coragem de mudar, porque nossos irmãos são nossos espelhos.

Posso assegurar-lhes que vale a pena ultrapassar a superficialidade que o mundo nos oferece, deixando de lado os “espinhos” existentes no outro e tendo a sensibilidade de enxergar a “rosa” que há no outro.

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