quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

DROGAS


CONCEITO:

Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que introduzida no organismo modifica suas funções.

CLASSIFICAÇÃO:

As drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores das atividades mentais. O termo droga envolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranquilizantes e barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis. As psicotrópicas são as drogas que tem tropismo e afetam o Sistema Nervoso Central, modificando as atividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas podem ser absorvidas de várias formas: por injeção, por inalação, via oral ou injeção intravenosa.

FABRICAÇÃO:

As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo droga presta-se a várias interpretações, mas ao senso comum é uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento.

A LEI:

Do ponto de vista jurídico, segundo prescreve o parágrafo único do art. 1.º da Lei n.º 11.343, de 23 de agosto de 2006 (Lei de Drogas): "Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União". Isto significa dizer que as normas penais que tratam do usuário, do dependente e do traficante são consideradas normas penais em branco. Atualmente, no Brasil, são consideradas drogas todos os produtos e substâncias listados na Portaria n.º SVS/MS 344/98.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Padre Edivânio! Minha história Vocacional!


Senti fortemente o chamado de Deus em meu coração quando fui pela primeira vez, ao grupo de Jovens, chamado Juventude Eterna, que era da PJMP ( Pastoral da juventude no meio popular), que se reunia na Igreja Matriz de Sant’Ana na Cidade de Ribeirão.

Fui para uma reunião dos jovens e o tema daquela noite era a Mística de Jesus Cristo e Nossa Senhora, foi o que me chamou mais atenção, a Mística de Maria de Nazaré a qual eu não conhecia, pois venho de uma família de Protestantes, eu mesmo passei 15 anos no protestantismo não conhecia nada do Catolicismo além das críticas duras que eu mesmo lançava contra a Igreja de Cristo!

Fui provocado pela convicção da jovem que falava da Mística de uma Jovem de Nazaré que era firme mais suave, convicta da missão mais meiga na doação. Aquela nova imagem de Maria que eu não conhecia foi me envolvendo de tal forma que não pude conter as lágrimas e enquanto chorava dizia a mim mesmo aqui é o meu lugar não quero sair mais daqui descobri uma Senhora na minha vida e, é com Ela que eu quero ficar, me consagrar, naquela hora fiz uma simples oração: Ó Senhora minha, receba-me em teus braços como recebeste o teu Filho Jesus.

Ao término daquela reunião sair angustiado sem saber o que fazer, pois sentia Também fortemente uma voz interior dizendo: Ser Padre! Ser Padre! Era a forma de Consagração para pertencer a Ela.

Na semana seguinte fui falar com o Pároco da minha Paróquia, Pe. Jorge Rufino, quando falei que queria ser Padre ele ficou admirado com a minha determinação, e pela graça de Deus me aceitou me indicando a Pastoral Vocacional e disse mais... Se for realmente vocação você vai agüentar passar pela Pastoral Carcerária fui experimentado durante quatro anos na Pastoral Carcerária que foi a minha melhor escola.

Quando voltei para casa sorridente para dá a boa notícia aos meus pais (Caetano e Zalfires) a respeito da minha decisão e aceitação pela Igreja, eles deram uma gargalhada de mim e disseram que eu estava com brincadeira de mau gosto com eles, no momento fiquei triste porque não acreditaram no meu chamado, mas o Senhor da minha vida me deu forças para continuar.

Procurei imediatamente conhecer mais a Igreja de Cristo com o coração apaixonado por Ele. Percebi que a única forma autêntica de conhecê-la era participando ativamente da mesma, quanto mais me doava tanto mais o amor por Jesus Cristo e a sua Igreja crescia dentro de mim.

Durante o tempo de Seminário procurei fica aos pés do meu Senhor deixando com que Ele me formasse hoje Sacerdote Dele continuo aos seus pés para que Ele continue confirmando o seu chamado em mim. Vivendo assim posso dizer que me sinto um Padre Feliz!

Obrigado, meu Senhor!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

DESCOBRINDO A... PALAVRA QUARESMA

A palavra Quaresma vem do Latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a Ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.

A Quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira santa com a Missa da Santa Ceia, exclusive, isto é, termina antes da Missa da Ceia, ao anoitecer. Com a Celebração da Missa também chamada de Missa da Instituição da Eucaristia (ou Missa do Lava Pés), inicia-se o Tríduo Pascal. Como o período da Quaresma os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, à conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal.

O tempo da Quaresma é o momento oportuno para que olhemos mais profundamente para o Mistério da Cruz. Olhar para a Cruz, contemplar esse Mistério é ir ao porquê de tudo aquilo que nós faremos durante a Quaresma. As orações, os jejuns e esmolas têm sentido porque nos põem em contato com a Cruz do Senhor. Além do mais, nós recebemos do Mistério da Cruz a força para unir-nos à mesma Cruz, ou seja, aquilo que Deus nos pede, ele nos concede: Deus pede que rezemos? Ele nos dá a graça da oração. Deus nos pede que façamos penitência? Ele nos dá a graça para realizá-la? Deus pede que partilhemos e que não sejamos egoístas? Ele nos dá a graça da generosidade e da esmola. O que está por detrás de tudo isso é a primazia da graça de Deus na nossa vida. Quando dirigimos o nosso olhar contemplativo ao mistério da Cruz do Senhor surge em nós o desejo de fazer aquilo que São Paulo fazia: “o que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja” (Cl 1,24).

E o jejum? Como fazê-lo? É suficiente atuar segundo o seguinte principio: fazer apenas uma refeição completa, todas as outras devem ser incompletas e sem o lanchinho da tarde. Na prática: um cafezinho simples, almoço normal, sem lanche e, em lugar do jantar, um lanchinho. E quem quiser fazer mais do que isso? É só fazer. Contudo, é importante que o nosso jejum não diminua a intensidade do nosso trabalho e a nossa atenção caridosa para com os outros. Fazer jejum a pão e água, mas ficar mal humorado e trabalhar sem vibração seria um contrassenso.

Em que consiste a abstinência? Consiste em não comer carne. No entanto, no nosso País, por determinação da autoridade eclesiástica, a abstinência pode ser de outro tipo, principalmente através de “obras de caridade e exercícios de piedade”. Com outras palavras, uma pessoa poderia comer carne (exceto na sexta-feira santa) e substituir por conta própria tal penitência por um terço, pela visita a algum enfermo ou ainda outra coisa que queira fazer, seja em forma de oração seja em forma de obra de misericórdia. Qualquer penitência vale! Mas é preciso fazer alguma. Na prática, e para não improvisar, o melhor é ter em mente o que se vai fazer e colocá-lo em prática.

Ao longo da Quaresma, desafiamos as famílias, a “verem o oculto”, a amarem o invisível, a descobrirem os tesouros, que no arco da sua vida, Deus lhes ofereceu! Durante a Quaresma, cada família deverá valorizar os “tesouros” que tem guardados na sua “Arca da Aliança”. Em cada semana, deverá procurar-se e encontrar-se um tesouro nesta arca, numa busca semelhante à de «um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro» (Mt.13,52). Semana a semana, iremos ao “fundo da arca” que está junto do altar, buscar os documentos da aliança, para colocá-los numa arca familiar, construída lá em casa. E quais os tesouros a descobrir e a valorizar? Pensemos no grande património do matrimónio, que são a própria família, o dom dos filhos, a lei do Amor, a graça do perdão, a vida em Aliança, a experiência da Paz e a esperança de uma Vida com futuro.

Cada ano, o Santo Padre João Paulo II nos escrevia uma mensagem de Quaresma. Em uma dessas mensagens, sob o lema «Faz mais feliz dar que receber» (Hch 20,35), suas palavras nos ajudaram a descobrir esta mesma dimensão caritativa do jejum, que nos dispõe-desde o profundo do nosso coração— a prepararmos para a Páscoa com um esforço para identificarmos, cada vez mais, com o amor de Cristo que o levou até a dar a vida na Cruz. Definitivamente, «o que todo cristão deve fazer em qualquer tempo, agora deve fazê-lo com mais atenção e com mais devoção» (São Leão Magno, Papa).

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Meditando o Evangelho de hoje

Dia Litúrgico: Sexta-feira depois de Cinza

Evangelho (Mt 9,14-15): Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? E disse-lhes Jesus: «Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão».


«Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão»

Hoje, primeira sexta-feira da Quaresma, tendo feito jejum e a abstinência da quarta-feira de Cinza, procuramos oferecer o jejum e o Santo Rosário pela paz, que é tão urgente no nosso mundo. Nós estamos dispostos a ter cuidado com este exercício quaresmal que a Igreja, Mãe e Mestra, nos pede que observemos e, ao recordar o que o mesmo Senhor disse: «Vocês acham que os convidados de um casamento podem estar de luto, enquanto o noivo está com eles? Mas chegarão dias em que o noivo será tirado do meio deles. Aí então eles vão jejuar» (Mt 9,15). Temos o desejo de vivê-lo não só como o cumprimento de um critério ao que estamos obrigados, e —sobretudo— procurando chegar a encontrar o espírito que nos conduz a viver esta prática quaresmal e que nos ajudará em nosso progresso espiritual.

Em busca deste sentido profundo, podemos perguntar: qual é o verdadeiro jejum? Já o profeta Isaías, na primeira leitura de hoje, comenta qual é o jejum que Deus aprecia: «Comparte com o faminto teu pão, e aos pobres e peregrinos convida-os a tua casa; quando vires ao desnudo, cobre-lo; não fujas deles, que são teus irmãos. Então tua luz sairá como a manhã, e tua saúde mais rápido nascerá, e tua justiça irá à frente de tua cara, e te acompanhará o Senhor» (Is 58,7-8). Deus gosta e espera de nós tudo aquilo que nos leva ao amor autêntico com nossos irmãos.

Cada ano, o Santo Padre João Paulo II nos escrevia uma mensagem de Quaresma. Em uma dessas mensagens, sob o lema «Faz mais feliz dar que receber» (Hch 20,35), suas palavras nos ajudaram a descobrir esta mesma dimensão caritativa do jejum, que nos dispõe —desde o profundo do nosso coração— a prepararmos para a Páscoa com um esforço para identificarmos, cada vez mais, com o amor de Cristo que o levou até a dar a vida na Cruz. Definitivamente, «o que todo cristão deve fazer em qualquer tempo, agora deve fazê-lo com mais atenção e com mais devoção» (São Leão Magno, Papa).

A PSICOLOGIA E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

A psicologia vem influenciando a educação através de algumas teorias, especialmente as relacionadas ao desenvolvimento cognitivo e afetivo. É com base na psicologia que busca-se algumas compreensões e soluções para as problemáticas educativas.

Quando há uma relação entre indivíduos, surgem vários sentimentos: amor, medo da perda, ciúmes, saudade, raiva, inveja; essa mistura de sentimentos gera a afetividade. Um indivíduo saudável mentalmente sabe organizar e lidar com todos esses sentimentos de forma tranquila e equilibrada. A qualidade de vida inclui a saúde mental, cuidar-se e cuidar do próximo é como fonte de prazer, por isso que a afetividade tem grande importância no desenvolvimento humano, pois é diretamente através dela que nos comunicamos com as nossas emoções.

É na família que a criança aprende a lidar com os sentimentos, pois o grupo familiar está unido pelo amor e nele também acontecem discussões, momentos de raiva, de tristeza, de perdão de entendimento. A criança vivencia o ódio e o amor e aprende a perdoar e amar, preparando-se para conviver adequadamente em uma sociedade, de forma sociável. Os adolescentes também necessitam de pessoas que lhes ensinem a conviver com esses sentimentos.

A afetividade já se inicia nos primeiros anos de vida, e os quatro primeiros anos da criança são particularmente fundamentais para a estruturação das funções cerebrais. Um bebê que passa deitado, sem estimulação física e mental, certamente apresentará sérias anomalias em sua evolução. As aptidões emocionais devem ser aprendidas e aprimoradas desde cedo, basta ensiná-las.

Num certo sentido, temos dois cérebros, duas mentes e dois tipos diferentes de inteligência: racional e emocional. Nosso desempenho na vida é determinado pelas duas, não é apenas o quociente de inteligência, mas a inteligência emocional também conta. Na verdade o intelecto não pode dar o melhor de si sem a inteligência emocional (GOLEMAN, 1995, p. 42).

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

HOMILIA DO SÁBADO VI SEMANA DO TEMPO COMUM

A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS É A NOSSA TRANSFIGURAÇÃO.

O Tabor é um monte majestoso, alcançando 660 metros de altitude. Maravilhoso panorama se descortina do alto, vendo-se o relevo ondulado da Galiléia, o lago de Genezaré, o cimo nevado do monte Hermon, o monte Carmelo e o Mar Mediterrâneo.

Mas o Tabor é famoso por algo de mais transcendente: em seu cume ocorreu um dos principais acontecimentos da História da humanidade - a Transfiguração de Jesus.

Hoje, o Evangelho da transfiguração apresenta-nos um enigma já decifrado. O texto evangélico de São Marcos está pleno de segredos messiânicos, de momentos pontuais nos quais Jesus proíbe que se dê a conhecer o que fizera. Hoje encontramo-nos perante um “botão de arranque”. Assim, Jesus «ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse dos mortos» (Mc 9,9).

Somos transfigurados por Cristo a partir do Batismo e da presença do Espírito em nós. Somos revestidos de Cristo. Para chegar a isso somos convidados a subir o monte que é Jesus. Estando na presença de Deus pelo amor, ouviremos as palavras do Pai: Este é meu Filho amado, escutai o que Ele diz. O Filho diz às palavras que ouviu do Pai.

Jesus tinha anunciado aos seus discípulos a iminência da sua paixão, mas ao vê-los tão perturbados por tão trágico fim, explica-lhes com feitos e palavras como será o final dos seus dias: umas jornadas de paixão, de morte, mas que concluirão com a ressurreição. Eis aqui o enigma decifrado. Santo Tomás de Aquino diz: «Para que uma pessoa caminhe retamente por um caminho é necessário que conheça com anterioridade, de alguma forma, o lugar ao qual se dirige».

O Evangelho da Transfiguração liga-se à Paixão, pois tira os discípulos do escândalo da Cruz, dando-lhes a visão da futura glorificação pascal. Refletindo o tema da Aliança e Transfiguração, participamos desta realidade. A obediência de Jesus deu-lhe a vitória. A meta do cristão é a transfiguração de sua fragilidade pela obediência da fé.


VII DOMINGO DO TEMPO COMUM (19 de fevereiro)

HOMILIA:

I leitura (Is 43,18-19.21-22.24b-25)

II leitura (2Cor 1,18-22)

Evangelho (Mc 2,1-12)

A AUTORIDADE DE JESUS ANTE O PECADO.

A história de Israel nos mostra a justiça de Deus, mas também a fidelidade de seu amor. Aliás, a justiça faz parte do amor. Is 43,18-21 é uma mensagem ao povo exilado, que não sabe se tem ainda um porvir.

A história do paralítico começa como uma cura um tanto pitoresca: um homem é baixado pelo teto diante dos pés de Jesus, porque a multidão entupia a porta.

O sinal que Jesus faz significa: “Para que vejais que tenho esta autoridade (e agora fala ao paralítico): Levanta-te, toma tua cama e anda”.

Um sinal é um objeto ou um fato que significam outra coisa. Geralmente, a gente já pode ver algo do significado no próprio sinal: a doença no sintoma, a felicidade no sorriso, levando em conta que os sintomas podem ser traiçoeiros e os sorrisos, falsos.

Os coríntios sentiam-se magoados porque Paulo lhes anunciara uma visita que não executou (cf. 1Cor 16,5) em decorrência dos problemas na comunidade (1,23-2,4).

A sociedade, hoje, mostra descaradamente que pretende solucionar os problemas materiais pela via do cinismo, pelo poder do mais forte. A própria medicina não hesita em se autopromover à custa da ética, recondicionando a casca, mas deixando apodrecer os valores pessoais por dentro. Há quem ache que a Igreja deveria primeiro melhorar as condições materiais, a saúde, a cultura etc., para dar maior “base” à sua mensagem “espiritual”. Mas Jesus pronuncia primeiro o perdão do pecado e depois mostra ter poder para tratar da enfermidade material. O mais urgente é livrar as pessoas do mal fundamental, o pecado. Então, a libertação total deixará raízes num chão livre da erva daninha do pecado.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

DESCOBRINDO A... PALAVRA MENTIRA

Mentira vem do Latim mentiri, “enganar, dizer falsidade”, de menda, “falha, defeito”. Dizer uma mentira não demonstra um defeito de quem fala? A palavra remendar vem daí, de re-, “para trás, de novo”, mais menda: trata-se de voltar atrás para consertar um defeito. Nem sempre se consegue, mas a intenção é boa.

Muitas pessoas gostam de se intrometer na vida alheia. Esse verbo veio do Latim intromittere, “fazer entrar, admitir”, formado de intro-, “para dentro”, mais mittere, “dirigir, lançar, mover, impelir”. Ou seja, o intrometido gosta de entrar nos assuntos dos outros.

Mentira é o nome dado as afirmações ou negações falsas ditas por alguém que sabe (ou suspeita) de tal falsidade, e na maioria das vezes espera que seus ouvintes acreditem nos dizeres. Dizeres falsos quando não se sabe de tal falsidade e/ou se acredita que sejam verdade, não são considerados mentira, mas sim erros. O ato de contar uma mentira é "mentir", e quem mente é considerado um "mentiroso".

Temos também a intriga, que deriva do Latim intricare, “entrelaçar, emaranhar, embaraçar”, formado por in-, “em”, mais trica, “brinquedo, perplexidade, truque”. Numa intriga os fatos ficam todos enovelados, misturados, e já não se sabe o que aconteceu mesmo e o que foi inventado.

Do Latim também veio maledicência, formada por male, “mal” e dicere, “dizer, falar”. Não é preciso explicar mais nada, né?

Muitas vezes o maledicente não afirma nada, apenas insinua e deixa que a notícia se espalhe, piorando a cada vez que é recontada.

Entretanto, como em todas as questões relativas à vida, também sobre a mentira somente a Bíblia – e não quaisquer "pesquisadores da mentira" – pode nos dar a melhor orientação. Ela nos mostra que a mentira não é um mistério, conforme diz o artigo citado, mas um pecado há muito revelado. A mentira consiste em rejeitar a verdade de Deus. Sobre os mentirosos está escrito: "Pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira..." (Rm 1.25). Por isso a mentira se estende por toda a história da humanidade. Ela é a culpada pela queda do homem e causa de todos os sofrimentos e de muitas lágrimas.

A mentira não tem sua origem na evolução, mas em Satanás – ele é chamado "pai da mentira". O Senhor Jesus Cristo mostrou isso de maneira inequívoca quando disse: "Vós sois do Diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas, porque eu digo a verdade, não me credes" (Jo 8.44-45). Assim, o pecado só entrou no mundo por meio da mentira, pois Satanás enganou os primeiros seres humanos através da mentira: "É certo que não morrereis... mas sereis como Deus" (Gn 3.4-5). A realidade da mentira e do pecado em si fala contra a evolução e a favor do relato da Bíblia, de que somos uma criação caída.

Mentir é contra os padrões morais de muitas pessoas e é tido como um "pecado" em muitas religiões. As tradições éticas e filósofos estão divididos quanto a se uma mentira é alguma situação permissível – Platão disse sim, enquanto Aristóteles, Santo Agostinho e Kant disseram não.

Mentir de uma maneira que piore um conflito em vez de diminuí-lo, ou que se vise tirar proveito deste conflito, é normalmente considerado como algo antiético.

Existem pessoas que afirmam que é com frequência mais fácil fazer as pessoas acreditarem numa Grande Mentira dita muitas vezes, do que numa pequena verdade dita apenas uma vez. Esta frase foi proferida pelo Ministro da Propaganda Alemã Joseph Goebbels no Terceiro Reich.

A mentira torna-se uma sátira com propósitos humorísticos quando deixa explícita pelos excessos na fala e o tom jocoso que de fato é uma mentira. Nestes casos é com frequência tratada como não sendo imoral e é bastante praticada por humoristas, comediantes, escritores e poetas.

As mentiras começam cedo. Crianças pequenas aprendem pela experiência que declarar uma inverdade pode evitar punições por más ações, antes de desenvolverem a teoria da mente necessária para entender porque funciona. De maneira complementar, existem aqueles que acreditam que as crianças mentem por insegurança, e por não compreender a gravidade dos seus atos "escapa da responsabilidade apelando para a mentira". Nesse estágio do desenvolvimento, as crianças as vezes contam mentiras fantásticas e inacreditáveis, parecidas com a mentira de Koko, a gorila discutida anteriormente, porque eles não possuem o sistema de referência conceitual para julgar se uma declaração é verossímil ou mesmo entender o conceito de verossimilhança.

Quando a criança primeiro aprende como a mentira funciona, naturalmente elas não possuem o entendimento moral para evitar fazer isso. É necessário anos observando as pessoas mentirem e o resultado das mentiras para desenvolver um entendimento adequado. A interferência da família também é imprescindível para que a criança compreenda através de bons exemplos a forma correta de agir.

A propensão a mentir varia muito entre as crianças, com algumas fazendo isso de maneira costumeira e outras sendo com frequência honesta. Os hábitos em relação a isso mudam normalmente até o início da idade adulta. Nos casos em que esta mudança não ocorre, a psicologia os define como adultos no estágio de infância psicológica.

Alguns veem que as crianças - como um todo - têm maior tendência a mentir do que os adultos. Outros defendem que a quantidade de mentiras permanece o mesmo, mas os adultos mentem sobre coisas diferentes. Com certeza a mentira de adultos costuma ser mais sofisticada, e de consequências maiores do que as contadas por crianças. Boa parte desse julgamento depende se a pessoa conta inverdades diplomáticas, insinceridade social, retórica política e outros comportamentos adultos que são tidos como mentiras.

Uma razão para que a mentira possa persistir como uma estratégia em ambientes sociais é que não é a comparação dos fatos contra alguma noção de verdade, mas em vez disso, a avaliação de se uma traição da confiança aconteceu ou não, que determina a resposta a uma mentira.

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