quarta-feira, 30 de maio de 2012

DESCOBRINDO A PALAVRA... EUCARISTIA

Eucaristia (do grego εὐχαριστία, cujo significado é "reconhecimento", "ação de graças") é uma celebração em memória da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Também é denominada "comunhão", "ceia do Senhor", "primeira comunhão", "santa ceia", "refeição noturna do Senhor".

O evangelista Lucas registrou esse Sacramento da seguinte forma: "E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. De forma semelhante, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da Nova Aliança [ou Novo Pacto] no meu sangue derramado em favor de vós." (Lucas 22:19-20, e também Mateus 26;26-29, Marcos 14:22-25, I Coríntios 11:23-26).

É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar pelos séculos, até seu retorno, o sacrifício da cruz, confiando assim à sua Igreja o memorial de sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, no qual se recebe Cristo, a alma é coberta de graça e é dado o penhor da vida eterna.


É fonte e ápice de toda a vida cristã. Na Eucaristia, atingem o seu clímax a ação santificante de Deus para conosco e o nosso culto para com Ele. Ele encerra todo o bem espiritual da Igreja: o mesmo Cristo, nossa Páscoa. A comunhão da vida divina e a unidade do Povo de Deus são expressas e realizadas pela Eucaristia. Mediante a celebração eucarística, já nos unimos à liturgia do Céu e antecipamos a vida eterna.


Jesus Cristo está presente na Eucaristia de modo único e incomparável. Está presente, com efeito, de modo verdadeiro, real, substancial: com o seu Corpo e o seu Sangue, com a sua Alma e a sua Divindade. Nela está, portanto, presente de modo sacramental, ou seja, sob as espécies eucarísticas do pão e do vinho, Cristo todo inteiro: Deus e homem.


Transubstanciação significa a conversão de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue. Essa conversão se realiza na oração eucarística, mediante a eficácia da Palavra de Cristo e da ação do Espírito Santo. Todavia, as características sensíveis do pão e do vinho, ou seja, as “espécies eucarísticas” permanecem inalteradas.


Para receber a santa Comunhão, deve-se estar plenamente incorporado à Igreja católica e estar em estado de graça, ou seja, sem consciência de pecado mortal. Quem estiver consciente de ter cometido um pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes de se aproximar da comunhão. Importantes são também o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e a atitude do corpo (gestos, roupas), em sinal de respeito a Cristo. 


"Na Eucaristia, nós partimos 'o único pão que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrer, mas para viver em Jesus Cristo para sempre' " (Santo Inácio de Antioquia).

quinta-feira, 3 de maio de 2012

HISTÓRIA DE SANTA QUITÉRIA

CONHECENDO A NOSSA PADROEIRA

Segundo consta do hagiológio português e na história de Braga, Quitéria foi uma das nove filhas nascidas de parto único de Cálsia Lúcia, mulher de Lúcio Caio Otílio, governador de Portugal e Galiza sob o Império Romano, no século II da nossa era. Quitéria nasceu no ano de 120, em Braga, na região do Minho, por ocasião em que seu pai acompanhava o imperador romano Adriano em viagem pela Península Ibérica.
Naquela época predominavam as superstições, a ponto de represália do marido, homem de procedimento muito rígido, instruiu a parteira de nome Cília que matasse as nove crianças. Mas, movida pelos sentimentos cristãos de piedade e amor ao próximo, Cília desobedeceu à patroa entregando as meninas ao arcebispo de Braga, Santo Ovídio, que as batizou e encomendou o seu cuidado e educação a diversas famílias cristãs.
E os anos se foram, quando surgiu uma violenta perseguição contra os cristãos, pelos romanos. As nove irmãs acabaram por ser levadas à presença do Cônsul, exatamente, o seu pai Lúcio Caio. Aí chegadas, revelaram ao espantado pai toda a verdade. A mãe confessou, o pai perdoou e recebeu-as nos seus domínios. Por todos os meios tentaram os pais, a partir daí, afasta-las da religião cristã. No entanto sem sucesso, pois as nove acabaram por fugir do palácio real. Apenas uma foi encontrada, Quitéria, e de novo levada à presença de seu pai, que a partir daí se tornou mais tolerante no respeito pelas práticas religiosas de sua filha. Nova fuga ocorreu quando Lúcio Caio se preparava para obrigá-la a casar com o nobre rapaz de nome Germano.
Por querer uma vida consagrada a Deus, ela fugiu novamente, por isso, recebeu de seu pai a cólera implacável da tirania, mandando martirizar a própria filha. Otílio condenou-a a morte, cuja execução foi perpetrada pelo próprio Germano no dia 22 de Maio do ano de 135. Quitéria estava com 15 anos de idade.
Conta-se que os soldados que a prenderam ficaram cegos. Diz ainda a tradição que após ter a cabeça decepada, Quitéria tomou em suas mãos e caminhou até a cidade vizinha onde caiu e foi sepultada.
Santa Quitéria é invocada contra angústia, depressão, mordida de cachorro, e raiva do gado.
Santa Quitéria, rogai por nós.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

DESCOBRINDO A PALAVRA... MARIA

Maria (do grego Μαρία, María, transliteração do hebraico, Maryam, Miriã ou Miriam, que significa "contumácia" ou "rebelião"; a origem é incerta, mas pode ter sido originalmente um nome egípcio, provavelmente derivado de mry ("amada") ou mr ("amor"), no sentido de "senhora amada"; era a mãe de Jesus de Nazaré, segundo a Bíblia. Acredita-se que tenha nascido em Jerusalém a partir de 15 a.C., embora alguns estudiosos acreditem que teria nascido em Nazaré. A veneração feita à Virgem Maria é conhecida por Marianismo.
Os dados estritamente biográficos derivados dos Evangelhos dizem-nos que era uma jovem donzela virgem, quando concebeu Jesus, o Filho de Deus. O Evangelho de João menciona que antes de Jesus morrer, Maria foi confiada aos cuidados do apóstolo João e a Igreja Católica viu aí que nele estava representada toda a humanidade, filha da Nova Eva.
É dezenove vezes citada no Novo Testamento, entre elas: «A virgem engravidará e dará à luz um filho... “Mas José não teve relações com ela, que deu à luz um filho, por obra do Espírito Santo”. E ele lhe pôs o nome Jesus.» (Mt 1:23-25).
Quando para-se para refletir sobre o significado da palavra MARIA na vida dos cristãos, por diversas formas pode-se entendê-la: seja como a Mãe do Deus feito Homem – Jesus Cristo, Mãe da Igreja ou ainda na mãe por adoção filial dos batizados em Cristo Jesus.
Pode-se ainda vê-la de outras formas: é a cheia de graça (Lc 1,28); a bendita entre as mulheres (Lc 1,42); mãe do Messias, Servo Sofredor (Jo 19,25-27); ou ainda a Serva do Senhor (Lc 1,47-53).
Por um momento na história Maria é o centro do desígnio de Deus. Por ela passam e se cruzam todos os caminhos. Com efeito, nela se encontram as duas Pessoas divinas que foram enviadas pelo Pai, o Filho e o Espírito. Primeiro o Espírito. Este desce sobre ela e arma nela a sua tenda, quer dizer, mora definitivamente em Maria. É o que o texto de Lc 1,35 deixa em luz cristalina. Estabelece-se uma relação única entre o Espírito e Maria. Ela é assumida pelo Espírito de forma tão radical que ela é elevada à altura do Divino. Por esta razão Lucas diz: “por causa disso, o Santo gerado será chamado Filho de Deus” (1,35). O Filho de Deus só pode provir de alguém feito Deus. Maria, portanto, é o templo vivo do Espírito.
O próprio Cristo quando na cruz a colocou como colaboradora íntima da obra salvadora por ele vivificada na cruz, em Jo 19, 26-27 tem-se: “Vendo a mãe e, perto dela o discípulo a quem amava, Jesus disse para a mãe: “Mulher, aí está o teu filho”“. Depois disse para o discípulo: “Aí está a tua mãe”. Ela sempre vivia em união com seu Filho, acompanhava-o passo a passo, associando-se a Ele, amando sempre aqueles que Ele amava. Em Jo 2,5 está explicitado todo o serviço que Maria presta aos homens e que consiste em abri-los ao Evangelho de Cristo e convidá-los a obedecer-lhe: “Fazei tudo o que ele vos disser”.
Maria, mesmo estando na gloria do Pai, age na terra, pois o seu coração de mãe é tão grande quanto o mundo e intercede sem cessar pelos povos junto a seu Filho Jesus. A Igreja hoje no seu renovar espiritual do povo de Deus, deve ter em Maria – o Evangelho encarnado, seja pelo modelo ideal da ternura do seu coração de Mãe, seja pelo acompanhamento e proteção que Ela se permite, para que Igreja tenha um novo caminho de peregrinação rumo ao Pai.

Proclamando o Evangelho - maio/2012

5° Domingo da Páscoa – 06/05/2012 – (Jo 15,1-8)

É o monólogo mais longo do quarto evangelho, começando com a alegoria da vinha. Jesus é a verdadeira vinha da qual o Pai cuida em pessoa, arrancando os ramos secos, podando os produtivos: os discípulos que aceitaram a palavra vivificadora de Jesus. Eles são incentivados, convidados a viver em Jesus, a permanecer nele. ”Permanecer” é a palavra primordial nos vv. 1-8. O ensinamento central desta alegoria é claro. Permanecer em Jesus por meio do amor.

6° Domingo da Páscoa – 13/05/2012 – (Jo 15,9-17)


O modelo de amor para todo verdadeiro discipulado é extremo, sem limites; pois é o próprio Jesus que se despoja da vida pelos amigos como faz o bom pastor. Contudo, é precisamente por um amor como esse que Jesus os escolheu. Eles produzirão fruto duradouro, suas orações serão atendidas desde que se amem uns aos outros.

Domingo Da Ascensão do Senhor -20/05/2012 – (Mc 16,15-20)

O texto resume a época da missão depois da páscoa. Começa com as aparições do Ressuscitado e prossegue com a grande aparição aos Onze e seu discurso de envio. Menciona a ascensão e termina com a pregação dos discípulos. Nós leitores deste texto sentimo-nos levados pelo redator, com muita ênfase, a crermos no Senhor glorificado que, como advogado está junto de nós, quando agimos com fé.

Domingo de Pentecostes – 27/o5/2012 – (Jo 20,19-23)

A experiência comunitária do amor de Jesus, expresso em sua morte, e de sua vitória sobre ela, é precisamente a da eucaristia, a qual é também a fonte do Espírito para a comunidade por sua assimilação da carne e do sangue de Jesus e, inseparavelmente, pelo compromisso com a missão continuando a atividade do seu amor entre os homens. Desta forma também a eucaristia é apresentada como êxodo, não pelo afastamento do mundo, onde se desenvolve a missão, mas pela identificação com Jesus, que faz com que não se pertença ao mundo. 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Programação da Festa da Gloriosa Santa Quitéria

17/05 – Quinta-feira: Abertura da Festa: Procissão da Bandeira, saindo da Residência de Dona Zui e Família.
Santa Missa– Dom. Genival Saraiva
Noiteiros: Comunidade Bom Pastor, Crismandos e Animadores.

18/05 – Sexta-feira: Terço Meditado às 18h30.
Santa Missa -- Pe. Moisés Bernardo.
Noiteiros: Comunidade Mãe Rainha e Movimento de Mãe Rainha.
Convidados: Comerciantes e Empresas.
Pastoril.

19/05 – Sábado:
Terço Meditado às 18h30.
Santa Missa -- Pe. Norberto Penzkofer.
Noiteiros: Comunidade Sagrada Família e P. da Criança, P. do Dízimo.
Convidados: Clubes de futebol.
Pastoril e Cristoteca: DJ Marcelo.

20/05 -- Domingo: Terço Meditado às 18h30.
Santa Missa – Pe. Sandro Rogério.
Noiteiros: Comunidade: São Paulo Apóstolo, Catequese, Coroinhas, Ancilas e Acólitos.
Convidados: Moto-Táxi e Rádio Cultura.
Pastoril e Show: Ministério LJC

21/05 – Segunda-Feira: Terço Meditado às 18h30.
Santa Missa: Pe. Jorge Rufino.
Noiteiros: Comunidade Madre Tereza de Calcutá, P. da Família, ECC e Equipes de N. Senhora.
Convidados: Famasul e PSF.

22/05 – Terça-Feira: Terço Meditado às 18h30
Santa Missa – Pe. José Edivaldo de Brito.
Noiteiros: Comunidade de São Padre Pio, Apostolada da Oração e P. do Batismo.
Convidados: Juizado das pequenas causas e associações.

23/05 – Quarta-Feira: Terço Meditado às 18h30
Santa Missa às -- Pe. José Luiz.
Noiteiros: Comunidade Nossa Senhora de Fátima, Terço dos homens, P. Vocacional e P. do Idoso.
Convidados: Colégios: CAIC, EPNSC, e EREM.

24/05 – Quinta-Feira: Terço Meditado às 18h30.
Santa Missa – Pe. Tadeu Rocha.
Noiteiros: Comunidade São Luiz Gonzaga, Legião de Maria, Grupo de Evangelização e Ministros da Palavra.
Convidados: Agentes Comunitário.

25/05 – Sexta-Feira: Terço Meditado às 18h30.
Santa Missa – Pe. José Ronaldo.
Noiteiros: Comunidade N. S. de Guadalupe, Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão.
Convidados: IEML, CEI
Pastoril.

26/05 – Sábado:
Terço Meditado às 18h30
Santa Missa – Pe. Bráulio Lins.
Noiteiros: Comunidade de Nossa Senhora das Graças, RCC, Liturgia, Juventude e Intercessão.
Convidados: Rádio Quilombo e Banco Atlântico
Show: Pe. Bráulio Lins e Ministério Deus Altíssimo.

27/05 – Dia da Festa:
06h00 – Queima de fogos.
10h00 – Missa Solene:
15h00 – Missa e Procissão do Andor.
Participação dos Engenhos: Serro Azul, Serra Azul, Sítio do Boi, União, Tambor, Verde, Canário, Pendanga e Bananal, Fertilidade e Bentivi.
Pastoril e Show: Ministério de Santa Quitéria.
 

Oração de Santa Quitéria

Ó Virgem Santa Quitéria, gloriosa mártir, revelada por Deus ao mundo para fortalecer a fé, sustentar a esperança e avivar a caridade, aqui me tendes prostado aos vossos pés, como diante de uma poderosa protetora por mim escolhida.
Dignai-vos, Santa Virgem, me conceda pela vossa intercessão o perdão de minhas culpas que me torne digno de ir viver convosco na glória de Deus Onipotente.
Amém.

Padrinhos:
Bandeira: Zui e Família.
Altar: Família Brasileiro.
Andor de N. S. Senhora: Sandra e Família.
Andor: Márcia e Família.

Obs: Todos os finais de semana haverá Quermesse!


Festa da Gloriosa
Santa Quitéria
De 21 a 30 De Maio de 2012
Palmares -- PE


Hino de Santa Quitéria

1. Louvamos uma virgem
Tão grande e tão forte.
Por duas palmas nobres,
Feliz por dupla sorte.

Santa Quitéria louvamos padroeira brilhante seu exemplo seguiremos nesta vida e na morte.

2. Fiel ao Evangelho
O martírio não temeu,
E a Jesus, na confiança
Toda a vida ofereceu.

3. Vencendo assim as chagas
E o seu perseguidor
Não traiu a verdade
Que a Igreja ensinou

4. Jesus, por suas preces
Nessas culpas perdoai
E livres do pecado
Na graça nos guardai.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A filosofia do "Humanismo Integral"de Jacques Maritain frente à descontrução do pensamento contemporâneo


O movimento da contra cultura de Herbert Marcuse e outros, no seu momento histórico, foi de grande importância para a sociedade de então, dado a crítica mordaz que o movimento desencadeava contra uma Absolutizada do capital em si, em detrimento da pessoa e de uma coesão social baseada em valores, cuja origem deveria ser as virtudes como os pressupostos de revitalização da sociedade. O impacto transformador nas décadas dos anos 50 e 60 se desviaram da trajetória de mudanças profundas que, em princípio, era positivo. Logo, inicia a desconstrução da cultura vigente, para uma anarquia social, política, econômica e religiosa, com a invasão e importação de seitas norte-americanas para atingir um âmago das culturas latino-americanas: a fé. Isso acelerou o novo projeto de desconstrução que desestabilizaria para sempre o fluir das diversas comunidades. Esse processo, até nossos dias, nunca mais conseguiu fazer os povos latino-americanos encontrar suas identidades e valores, pois, o que restou, o fenômeno da globalização se encarregou de desmantelar. Os primeiros pilares a serem atingidos foram à família, a religião, via meios de comunicação social, a mudança radical na educação escolar e universitária, com a valorização dos cursos de natureza técnica, sem grandes preocupações na formação integral das pessoas e das futuras gerações. Surgem robôs humanos, que no processo educacional foram adestrados para executar tarefas e não a pensar. Pensar é considerado, ainda hoje, artigo de luxo, para desocupados, o que nos torna massa de manobra.

O ABSURDO DO HOMEM CONTEMPORÂNEO EM COLOCAR-SE COMO O CONSTRUTOR DO PRÓPRIO DESTINO

A consequência prática ao homem em ser o articulador do próprio destino, são sequelas de perda do sentido último do ser humano, na desconstrução da atual civilização, pois a mesma, depois de ser envenenada pelas inúmeras ideologias do século passado, hoje, encontra dificuldade em reencontrar o fio condutor que ruma a uma história humana com sentido. Sem um fundamento real e transcendente no desenvolvimento integral do homem e seu mundo, é impossível a pessoa encontrar realização própria, do outro e do mundo. Jacques Maritain (1882-1973) foi um jovem materialista que após uma profunda crise de sentido se converteu à fé cristã e surpreendeu o mundo cristão da época. Entre as obras de Maritain, se destacam o “Humanismo Integral”, publicado em 1936, o “Cristianismo e Democracia”, publicado em 1943, e, em 1951, publicou nos Estados Unidos, “O Homem e o Estado”; todas trazem uma concepção de conteúdo político de grande relevância, que nos pode ajudar ainda hoje a refletir sobre a realidade que vivenciamos nesse momento crucial da história contemporânea. O pensamento de Maritain se funda na adesão à tradição filosófica aristotélico-tomista, assumindo uma postura crítica a toda cultura moderna, sustentando que nessa, falta uma base sólida onde por seus fundamentos. Diz Maritain: “a razão pela razão é impotente para assegurar a unidade espiritual da humanidade” (PRIETO, Fernando. Manual de Historia de las Teorías Políticas. Union Editorial. p.886. Madrid: 1996). Com certeza, ele deixa claro que o conceito antropológico no qual se baseia seu pensamento tem influência do personalismo de Mounier, ou seja, o homem no seu tripé: cognitivo, biológico e espiritual. É interessante perceber que Maritain influenciado pelo tomismo, defende um cristianismo no qual o mesmo deve assumir tudo o que é humano e socialmente significativo para complementá-lo com a participação de valores superiores. É necessário superar os humanismos antropocêntricos sustentados por ideologias liberais, marxistas e imanentes que colocam o homem como criador exclusivo do próprio destino. O resultado dessa postura, a história já provou que seu fim sempre é o fracasso.

URGE SUPERAR IDEOLOGIAS QUE ENDEUSAM O HOMEM COMO CRIADOR DE SI MESMO, POIS, ESSAS, JÁ NASCEM MORTAS.

A Encíclica “Caritas in Veritate” é muito coerente com o pensamento de autores cristãos que na atualidade, parecem esquecidos e com os quais, as novas gerações precisam entrar em contato, para terem uma visão de mundo muito mais sólida, desconfiando dos modismos que carecem de fundamentação filosófica, teológica, histórica para construir uma história que contemple todas as dimensões da sociedade. A formação educacional para o mercado de trabalho, com exclusividade, nega um dos aspectos mais dignificantes do ser humano, ou seja, o pensar. Cito Tomás de Aquino que refletiu a tensão pessoa x sociedade: “O homem tem um destino social, mas por sua natureza espiritual é uma realidade que ultrapassa sua ordenação à sociedade. A primeira parte desta complexa afirmação dá lugar a uma rica ética comunitária. Contudo, não se esgota nela o destino da pessoa; o cristianismo tem que defender um princípio que transcende a pessoa, e respeito a todas as instituições sociais inseridas na temporalidade, incluindo a política”. A liberdade que os modismos cultivam na atualidade são caricaturas da verdadeira liberdade e da realização humana. As crises de natureza política, social, econômica não terão solução enquanto os diversos setores da sociedade, não retomar com determinação valores e as virtudes que sejam capazes de estancar a sangria da desconstrução de uma sociedade fragmentada. O que as gerações do futuro podem esperar de um mundo cujos valores carecem de sustentação? Sente-se no ar algo que nós não temos resposta! O medo é uma constante na atualidade! Pense e reflita!

A FILOSOFIA DO HUMANISMO NOS NEGÓCIO


O movimento da contra cultura de Herbert Marcuse e outros, no seu momento histórico, foi de grande importância para a sociedade de então, dado a crítica mordaz que o movimento desencadeava contra uma Absolutizada do capital em si, em detrimento da pessoa e de uma coesão social baseada em valores, cuja origem deveria ser as virtudes como os pressupostos de revitalização da sociedade. O impacto transformador nas décadas dos anos 50 e 60 se desviaram da trajetória de mudanças profundas que, em princípio, era positivo.

A Encíclica “Caritas in Veritate”

A formação educacional para o mercado de trabalho, com exclusividade, nega um dos aspectos mais dignificantes do ser humano, ou seja, o pensar. Cito Tomás de Aquino que refletiu a tensão pessoa x sociedade: “O homem tem um destino social, mas por sua natureza espiritual é uma realidade que ultrapassa sua ordenação à sociedade”. A primeira parte desta complexa afirmação dá lugar a uma rica ética comunitária.

Liderar é servir.

Jim Hunter defende esse novo padrão de liderança firme/flexível, que transforma chefes e gerentes em treinadores e mentores. Por firme, Hunter quer dizer que o líder servidor pode ser durão, até mesmo autocrático, em se tratando das bases da direção de um negócio:

Determinando a missão (onde a empresa está focada) e os valores (quais são as regras que governam a jornada) e estabelecendo padrões e responsabilidades finais.

Líderes servidores não solicitam votação ou aceitam um voto quando se trata desses fundamentos críticos. Afinal de contas, esse é o trabalho do líder, e as pessoas esperam que o líder defina a direção e estabeleça os padrões.

Os líderes servidores sabem que fazer com que equipar pessoas engajar corações e mentes, alimenta uma força de trabalho que entende os benefícios de esforçar-se para obter sempre o melhor. A ênfase é na construção da autoridade, não do poder, no exercício da influência, não da intimidação.

Jim Hunter mostra como fazer a coisa certa para as pessoas que você lidera. Um líder servidor ou um líder que serve a si próprio? Qual deles você é? Com a orientação de Jim Hunter, qualquer pessoa tem o potencial para tornar-se um líder com caráter que lidera com autoridade.

A Psicologia Industrial e A Psicologia Organizacional

A diferença principal entre a Psicologia Industrial e a Psicologia Organizacional é que enquanto esta se ocupa da organização das estruturas aquela está mais voltada aos postos de trabalho. A psicologia organizacional vem surgir no momento em que os psicólogos deixam de estudar apenas os postos de trabalho e passam a contribuir também na discussão das estruturas da organização, sendo assim uma ampliação da psicologia industrial.

Segundo Toledo (1986, pg 64) “... a Psicologia Organizacional é o estudo do fator humano na organização, este estudo abrange a atração, retenção, treinamento e motivação dos recursos humanos da empresa”.

Segundo Bergamini (1997), é evidente que o interesse pelo comportamento motivacional no trabalho tenha, nestas últimas décadas, atingido níveis excepcionalmente elevados. Como Glasser (1994, p. 15) propõe;

“O fracasso da maioria de nossas empresas não está na falta de conhecimento técnico, e sim, na maneira de lidar com as pessoas. Foge à nossa compreensão o hábito dos administradores em achar que os trabalhadores não produzem com qualidade apenas por falta de conhecimento técnico. Na realidade, isso está ocorrendo devido também à maneira como são tratados pela direção das empresas”.

A Motivação é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou pelo menos da origem a um comportamento especifico. Pode ser provocado por estimulo externo (proveniente do ambiente) e pode também ser gerado internamente nos processos mentais (sistema de cognição do individuo o que ele pensa, acredita e prevê).

Segundo Maslow (1975), o ser humano busca sempre melhorias para sua vida. Dessa forma, quando uma necessidade é suprida aparece outra em seu lugar, tais necessidades são representadas na pirâmide hierárquica. Quando as necessidades humanas não são supridas sobrevém sentimento de frustração, agressividade, nervosismo, insônia, desinteresse, passividade, baixa autoestima, pessimismo, resistência a novidades, insegurança e outros. Tais sentimentos negativos podem ser recompensados por outros tipos de realizações.

domingo, 1 de abril de 2012

DESCOBRINDO A PALAVRA... HUMANISMO


Humanismo é a filosofia moral que coloca os humanos como principais, numa escala de importância. É uma perspectiva comum a uma grande variedade de posturas éticas que atribuem a maior importância à dignidade, aspirações e capacidades humanas, particularmente a racionalidade. Embora a palavra possa ter diversos sentidos, o significado filosófico essencial destaca-se por contraposição ao apelo ao sobrenatural ou a uma autoridade superior. Desde o século XIX, o humanismo tem sido associado ao anticlericalismo herdado dos filósofos Iluministas do século XVIII. O termo abrange religiões não teístas organizadas, o humanismo secular e uma postura de vida humanista.

O Humanismo pode ser definido como um conjunto de ideais e princípios que valorizam as ações humanas e valores morais (respeito, justiça, honra, amor, liberdade, solidariedade, etc.) Para os humanistas, os seres humanos são os responsáveis pela criação e desenvolvimento destes valores. Desta forma, o pensamento humanista entra em contradição com o pensamento religioso que afirma que Deus é o criador destes valores.

O humanismo se desenvolveu e se manifestou em vários momentos da história e em vários campos do conhecimento e das artes.

Humanismo na antiguidade clássica (Grécia e Roma): manifestou-se principalmente na filosofia e nas artes plásticas. As obras de arte, por exemplo, valorizavam muito o corpo humano e os sentimentos.

Humanismo no Renascimento: nos séculos XV e XVI, os escritores e artistas plásticos renascentistas resgataram os valores humanistas da cultura greco-romana. O antropocentrismo (homem é o centro de tudo) norteou o desenvolvimento intelectual e artístico desta fase.

Positivismo: desenvolveu-se na segunda metade do século XIX. Valorizava o pensamento científico, destacando-o como única forma de progresso. Teve em Auguste Comte seu principal idealizador.

O Humanismo ensina-nos que é imoral esperar que Deus aja por nós. Devemos agir para parar as guerras e os crimes e a brutalidade desta e de épocas futuras. Temos poderes extraordinários. Temos um elevado grau de liberdade em escolher o que iremos fazer. O Humanismo diz-nos que seja qual for a nossa filosofia do universo, em última instância a responsabilidade pelo tipo de mundo em que vivemos reside em nós.

O Humanismo está em sintonia com novos desenvolvimentos tecnológicos. Os Humanistas estão dispostos a participar em novas descobertas científicas e tecnológicas de forma a exercerem a sua influência nestas revoluções conforme se vão tornando realidade, especialmente com o objetivo de protegerem o ambiente.

Em resumo, com o humanismo moderno encontramos uma postura perante a vida ou uma visão do mundo que está em sintonia com o conhecimento moderno; é inspirador, socialmente consciente e com significado pessoal. Não é apenas a atitude da pessoa que pensa, mas também da pessoa que sente, já que inspirou as artes tanto quanto inspirou as ciências; filantropia tanto quanto crítica. E mesmo na crítica é tolerante, defendendo os direitos de todas as pessoas em escolher outros caminhos, em falarem e escreverem livremente, em viverem as suas vidas de acordo com as suas luzes.

SEMANA SANTA

quinta-feira, 1 de março de 2012

DESCOBRINDO A... PALAVRA PRESBÍTERO

O termo ancião vem do latim antianus via francês arcaico ancien referindo-se a pessoa de idade avançada, antigo, velho, venerável, respeitável.

A palavra hebraica equivalente é za·qen e identificava os líderes do Antigo Israel, quer no Âmbito de uma cidade, da tribo ou em nível nacional.

Já presbítero vem do grego, πρεσβυτερος, presbyteros, pessoa de idade, ancião. Daí deriva-se outros títulos como preste.

Padre, significando pai, é uma forma de tratamento que recebe o presbítero na Igreja Católica, Igreja Ortodoxa e algumas correntes protestantes, como no anglocatolicismo ou nas antigas congregações de língua portuguesa da Igreja Reformada Holandesa, como o notável Padre João Ferreira de Almeida.

Boa parte das igrejas protestantes como a Igreja Metodista, Igreja Luterana e Calvinismo chamam seus presbíteros ordenados de pastores.

Algumas religiões prezam a figura venerável do ancião, como o za·qen na antiga religião hebraica da Tanakh, líderes do antigo Israel quer a uma cidade, tribo ou a nível nacional. Outras religiões semíticas valorizam a autoridade venerável dos anciãos, como o sheik muçulmano, o hakham no caraísmo, o ˤUqqāl dos drusos.

No cristianismo primitivo havia a figura do presbítero (grego, πρεσβυτερος, presbyteros), que era originalmente um dirigente de uma igreja congregação local, e o termo epíscopos grego:, supervisor, de onde veio o termo português bispo) era usado intercambiamente até os meados do século II, quando surgiu a distinção entre bispo (supervisor sobre várias congregações) e presbítero (líder de uma comunidade local) nas igrejas de então.

Nas Igrejas Católicas de Rito Oriental homens já casados podem se tornar padres. Na Igreja Católica de Rito Latino os padres têm de ser homens celibatários.

O substantivo padre foi dado aos bispos no século II pela atitude paternalista com que tratavam os subordinados. [carece de fontes]

No século V passou a designar os antigos escritores eclesiásticos, fossem bispos ou não.

Na Igreja Católica, o presbítero (vulgarmente vertido para padre ou sacerdote) é aquele que recebe o Sacramento da Ordem em seu segundo grau, sendo o primeiro grau o de diácono e o terceiro grau o de bispo. Portanto, é considerado um estágio intermediário na hierarquia do clero católico. Usa o título religioso de padre, do latim pater, que significa "pai [num sentido religioso]". Dependendo da sua função em uma paróquia, caso esteja funcionando em uma, pode ser um pároco, se é a autoridade religiosa máxima na paróquia, ou vigário, caso se encontre subordinado a outro padre na mesma paróquia.

Antes de ser ordenado padre, o candidato se torna diácono e faz promessa ao seu Bispo de castidade, obediência e pobreza[nota 1]. Faz ainda a promessa de rezar todos os dias a Liturgia das Horas pelo Povo de Deus e de celebrar a Eucaristia.

A veste litúrgica própria do padre é a estola caída a direito e a casula.

Por vezes, os presbíteros recebem o título honorário de Monsenhor, que não dá quaisquer poderes sacramentais adicionais.

No Cristianismo ortodoxo os padres podem casar antes da ordenação, como nas Igrejas Católicas Orientais em comunhão com Roma.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

DROGAS


CONCEITO:

Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que introduzida no organismo modifica suas funções.

CLASSIFICAÇÃO:

As drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores das atividades mentais. O termo droga envolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranquilizantes e barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis. As psicotrópicas são as drogas que tem tropismo e afetam o Sistema Nervoso Central, modificando as atividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas podem ser absorvidas de várias formas: por injeção, por inalação, via oral ou injeção intravenosa.

FABRICAÇÃO:

As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo droga presta-se a várias interpretações, mas ao senso comum é uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento.

A LEI:

Do ponto de vista jurídico, segundo prescreve o parágrafo único do art. 1.º da Lei n.º 11.343, de 23 de agosto de 2006 (Lei de Drogas): "Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União". Isto significa dizer que as normas penais que tratam do usuário, do dependente e do traficante são consideradas normas penais em branco. Atualmente, no Brasil, são consideradas drogas todos os produtos e substâncias listados na Portaria n.º SVS/MS 344/98.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Padre Edivânio! Minha história Vocacional!


Senti fortemente o chamado de Deus em meu coração quando fui pela primeira vez, ao grupo de Jovens, chamado Juventude Eterna, que era da PJMP ( Pastoral da juventude no meio popular), que se reunia na Igreja Matriz de Sant’Ana na Cidade de Ribeirão.

Fui para uma reunião dos jovens e o tema daquela noite era a Mística de Jesus Cristo e Nossa Senhora, foi o que me chamou mais atenção, a Mística de Maria de Nazaré a qual eu não conhecia, pois venho de uma família de Protestantes, eu mesmo passei 15 anos no protestantismo não conhecia nada do Catolicismo além das críticas duras que eu mesmo lançava contra a Igreja de Cristo!

Fui provocado pela convicção da jovem que falava da Mística de uma Jovem de Nazaré que era firme mais suave, convicta da missão mais meiga na doação. Aquela nova imagem de Maria que eu não conhecia foi me envolvendo de tal forma que não pude conter as lágrimas e enquanto chorava dizia a mim mesmo aqui é o meu lugar não quero sair mais daqui descobri uma Senhora na minha vida e, é com Ela que eu quero ficar, me consagrar, naquela hora fiz uma simples oração: Ó Senhora minha, receba-me em teus braços como recebeste o teu Filho Jesus.

Ao término daquela reunião sair angustiado sem saber o que fazer, pois sentia Também fortemente uma voz interior dizendo: Ser Padre! Ser Padre! Era a forma de Consagração para pertencer a Ela.

Na semana seguinte fui falar com o Pároco da minha Paróquia, Pe. Jorge Rufino, quando falei que queria ser Padre ele ficou admirado com a minha determinação, e pela graça de Deus me aceitou me indicando a Pastoral Vocacional e disse mais... Se for realmente vocação você vai agüentar passar pela Pastoral Carcerária fui experimentado durante quatro anos na Pastoral Carcerária que foi a minha melhor escola.

Quando voltei para casa sorridente para dá a boa notícia aos meus pais (Caetano e Zalfires) a respeito da minha decisão e aceitação pela Igreja, eles deram uma gargalhada de mim e disseram que eu estava com brincadeira de mau gosto com eles, no momento fiquei triste porque não acreditaram no meu chamado, mas o Senhor da minha vida me deu forças para continuar.

Procurei imediatamente conhecer mais a Igreja de Cristo com o coração apaixonado por Ele. Percebi que a única forma autêntica de conhecê-la era participando ativamente da mesma, quanto mais me doava tanto mais o amor por Jesus Cristo e a sua Igreja crescia dentro de mim.

Durante o tempo de Seminário procurei fica aos pés do meu Senhor deixando com que Ele me formasse hoje Sacerdote Dele continuo aos seus pés para que Ele continue confirmando o seu chamado em mim. Vivendo assim posso dizer que me sinto um Padre Feliz!

Obrigado, meu Senhor!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

DESCOBRINDO A... PALAVRA QUARESMA

A palavra Quaresma vem do Latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a Ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.

A Quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira santa com a Missa da Santa Ceia, exclusive, isto é, termina antes da Missa da Ceia, ao anoitecer. Com a Celebração da Missa também chamada de Missa da Instituição da Eucaristia (ou Missa do Lava Pés), inicia-se o Tríduo Pascal. Como o período da Quaresma os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, à conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal.

O tempo da Quaresma é o momento oportuno para que olhemos mais profundamente para o Mistério da Cruz. Olhar para a Cruz, contemplar esse Mistério é ir ao porquê de tudo aquilo que nós faremos durante a Quaresma. As orações, os jejuns e esmolas têm sentido porque nos põem em contato com a Cruz do Senhor. Além do mais, nós recebemos do Mistério da Cruz a força para unir-nos à mesma Cruz, ou seja, aquilo que Deus nos pede, ele nos concede: Deus pede que rezemos? Ele nos dá a graça da oração. Deus nos pede que façamos penitência? Ele nos dá a graça para realizá-la? Deus pede que partilhemos e que não sejamos egoístas? Ele nos dá a graça da generosidade e da esmola. O que está por detrás de tudo isso é a primazia da graça de Deus na nossa vida. Quando dirigimos o nosso olhar contemplativo ao mistério da Cruz do Senhor surge em nós o desejo de fazer aquilo que São Paulo fazia: “o que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja” (Cl 1,24).

E o jejum? Como fazê-lo? É suficiente atuar segundo o seguinte principio: fazer apenas uma refeição completa, todas as outras devem ser incompletas e sem o lanchinho da tarde. Na prática: um cafezinho simples, almoço normal, sem lanche e, em lugar do jantar, um lanchinho. E quem quiser fazer mais do que isso? É só fazer. Contudo, é importante que o nosso jejum não diminua a intensidade do nosso trabalho e a nossa atenção caridosa para com os outros. Fazer jejum a pão e água, mas ficar mal humorado e trabalhar sem vibração seria um contrassenso.

Em que consiste a abstinência? Consiste em não comer carne. No entanto, no nosso País, por determinação da autoridade eclesiástica, a abstinência pode ser de outro tipo, principalmente através de “obras de caridade e exercícios de piedade”. Com outras palavras, uma pessoa poderia comer carne (exceto na sexta-feira santa) e substituir por conta própria tal penitência por um terço, pela visita a algum enfermo ou ainda outra coisa que queira fazer, seja em forma de oração seja em forma de obra de misericórdia. Qualquer penitência vale! Mas é preciso fazer alguma. Na prática, e para não improvisar, o melhor é ter em mente o que se vai fazer e colocá-lo em prática.

Ao longo da Quaresma, desafiamos as famílias, a “verem o oculto”, a amarem o invisível, a descobrirem os tesouros, que no arco da sua vida, Deus lhes ofereceu! Durante a Quaresma, cada família deverá valorizar os “tesouros” que tem guardados na sua “Arca da Aliança”. Em cada semana, deverá procurar-se e encontrar-se um tesouro nesta arca, numa busca semelhante à de «um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro» (Mt.13,52). Semana a semana, iremos ao “fundo da arca” que está junto do altar, buscar os documentos da aliança, para colocá-los numa arca familiar, construída lá em casa. E quais os tesouros a descobrir e a valorizar? Pensemos no grande património do matrimónio, que são a própria família, o dom dos filhos, a lei do Amor, a graça do perdão, a vida em Aliança, a experiência da Paz e a esperança de uma Vida com futuro.

Cada ano, o Santo Padre João Paulo II nos escrevia uma mensagem de Quaresma. Em uma dessas mensagens, sob o lema «Faz mais feliz dar que receber» (Hch 20,35), suas palavras nos ajudaram a descobrir esta mesma dimensão caritativa do jejum, que nos dispõe-desde o profundo do nosso coração— a prepararmos para a Páscoa com um esforço para identificarmos, cada vez mais, com o amor de Cristo que o levou até a dar a vida na Cruz. Definitivamente, «o que todo cristão deve fazer em qualquer tempo, agora deve fazê-lo com mais atenção e com mais devoção» (São Leão Magno, Papa).

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Meditando o Evangelho de hoje

Dia Litúrgico: Sexta-feira depois de Cinza

Evangelho (Mt 9,14-15): Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? E disse-lhes Jesus: «Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão».


«Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão»

Hoje, primeira sexta-feira da Quaresma, tendo feito jejum e a abstinência da quarta-feira de Cinza, procuramos oferecer o jejum e o Santo Rosário pela paz, que é tão urgente no nosso mundo. Nós estamos dispostos a ter cuidado com este exercício quaresmal que a Igreja, Mãe e Mestra, nos pede que observemos e, ao recordar o que o mesmo Senhor disse: «Vocês acham que os convidados de um casamento podem estar de luto, enquanto o noivo está com eles? Mas chegarão dias em que o noivo será tirado do meio deles. Aí então eles vão jejuar» (Mt 9,15). Temos o desejo de vivê-lo não só como o cumprimento de um critério ao que estamos obrigados, e —sobretudo— procurando chegar a encontrar o espírito que nos conduz a viver esta prática quaresmal e que nos ajudará em nosso progresso espiritual.

Em busca deste sentido profundo, podemos perguntar: qual é o verdadeiro jejum? Já o profeta Isaías, na primeira leitura de hoje, comenta qual é o jejum que Deus aprecia: «Comparte com o faminto teu pão, e aos pobres e peregrinos convida-os a tua casa; quando vires ao desnudo, cobre-lo; não fujas deles, que são teus irmãos. Então tua luz sairá como a manhã, e tua saúde mais rápido nascerá, e tua justiça irá à frente de tua cara, e te acompanhará o Senhor» (Is 58,7-8). Deus gosta e espera de nós tudo aquilo que nos leva ao amor autêntico com nossos irmãos.

Cada ano, o Santo Padre João Paulo II nos escrevia uma mensagem de Quaresma. Em uma dessas mensagens, sob o lema «Faz mais feliz dar que receber» (Hch 20,35), suas palavras nos ajudaram a descobrir esta mesma dimensão caritativa do jejum, que nos dispõe —desde o profundo do nosso coração— a prepararmos para a Páscoa com um esforço para identificarmos, cada vez mais, com o amor de Cristo que o levou até a dar a vida na Cruz. Definitivamente, «o que todo cristão deve fazer em qualquer tempo, agora deve fazê-lo com mais atenção e com mais devoção» (São Leão Magno, Papa).

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