terça-feira, 12 de outubro de 2010

Aqueles que estão de fora, queiram ou não, são nossos irmãos



Salmo 32, 8
8 -- Que toda a terra tema o Senhor,
Tremam diante dele todos os habitantes do mundo.


Irmãos, exortamos-vos instantemente à caridade, não apenas entre vós mas também em relação aos que estão de fora, quer sejam os ainda pagãos e descrentes, quer se tenham separados de nós, de modo que, professando conosco a Cabeça, separaram-se do corpo. Sintamos pecar por eles, irmãos, porque eles continuam sendo nossos irmãos. Quer queiram, quer não queiram, são nossos irmãos. De fato, só deixariam de serem nossos irmãos se deixassem de dizer: Pai nosso.
Assim o Profeta falou de alguns: àqueles que vos dizem: não sois irmãos nossos, respondei: Sois nossos irmãos. Observai de quem se poderia dizer isto, será que dos pagãos? Não, pois nem os chamamos de nossos irmãos segundo as Escrituras e o modo de tratar da Igreja. Será que dos Judeus que não creram em Cristo?
Lede o Apóstolo e notai que dizem: “Não sois nossos irmãos”, estão nos chamando de pagão. Por isso eles querem batizar-nos de novo, declarando que não possuímos o que dão. Por conseguinte, seu erro consiste em negar que somos seus irmãos. Mas então por que nos disse o Profeta: quanto a vós, respondei-lhes: sois nossos irmãos; a não ser porque reconhecemos neles aquele batismo que não repetimos? Não aceitamos nosso batismo, eles, mas reconhecendo-o como nosso, dizemos: sois nossos irmãos.
Se eles disserem: “Por que nos procurais? Que quereis de nós?” respondamos: Sois nossos irmãos. Mesmo que nos digam: “Podeis ir embora, nada temos convosco!” Pelo contrário, nós temos muito convosco! Nós confessamos um mesmo Cristo temos muito devemos estar em um só Corpo, sob uma só Cabeça.
Portanto, nós vos suplicamos irmãos, por aquelas mesmas entranhas da caridade, cujo leite nos alimenta, cujo pão nos fortalece, isto é, por Cristo, nosso Senhor. Com efeito, é agora a ocasião de termos para com eles grande caridade, muita misericórdia, rogamos a Deus por eles, a fim de que lhes conceda sobriedade de pensamento para caírem em si e enxergarem, porque nada absolutamente têm a dizer contra a verdade. De fato,apenas lhe resta a fraqueza da animosidade, tanto mais enferma quanto mais julga possuir maior força. Assim, pela mansidão de Cristo, nós vos conjuramos suplicando em favor dos fracos, dos sábios segundo a carne, dos puramente humanos e carnais, mas ainda nossos irmãos, que freguentam os mesmos sacramentos, embora não conosco, mas os mesmos, Eles respondem um só Amém, embora não conosco, mas o mesmo. Portanto, derramai diante de Deus por eles o âmago de vossa caridade.
Oremos: Senhor Deus, preparai os nossos corações coma força da vossa graça, para que, ao chegar o Cristo, vosso Filho, nos encontre dignos do banquete da vida eterna e ele mesmo nos sirva o alimento celeste. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

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