quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quem é o chato, e como posso conviver com ele?


Hoje vamos conversar sobre o chato. Se há alguém que está sempre na mídia é o chato. Ele está em todos os lugares e aparece nas horas e locais mais inoportunos. Aliás, ser inoportuno é uma característica sem a qual o chato o perderia sua chatice. Todo mundo, portanto, conhece pelo menos um chato, também conhecido como mala sem alça.
Há várias maneiras pelas quais o chato é inoportuno: ele é aquele que telefona para sua casa nos horários mais impróprios, sequer pergunta se você está disponível para atendê-lo naquele momento e chega a falar por horas a fio se não for impedido em tempo.
O chato pode ainda monopolizar uma conversa enfocando temas que só interessam a ele, pois, muitas vezes, as pessoas da roda tentam mudar de assunto e quando percebem lá está ele, novamente tocando na mesma tecla.
E falando de conversa, o chato também sabe de tudo e um pouco mais e parece que a conversa é uma competição na qual só pode haver um vencedor: ele. Você já deve ter tido experiência disso quando, ao apresentar um fato ou situação, o chato terá uma versão ainda melhor: a dele!
Isso pode piorar ainda mais quando o chato dá uma de moralista ou de dono da verdade, colocando-se acima do bem e do mal. Nessa linha, muitas vezes, o chato costuma dar conselhos que não foram solicitados, pois ele sempre sabe como o outro deve agir ou o que deve mudar etc. Mas ainda não acabou: o chato costuma entrar nas conversas sem ser chamado e, depois que entrou, segue o seu roteiro. O chato costuma também interromper frequentemente quem está falando, não o deixando concluir sua mensagem.
Como se pode ver o chato é invasivo, agressivo e manipulador. E, o pior, é que não percebe isso!
Falta-lhe um conjunto de habilidades sociais que tornaram suas relações sociais e interpessoais mais agradáveis, menos aversivas. Habilidades sociais que lhe permitam ser educado, empático e assertivos, características encontradas em pessoas que, normalmente, são sensíveis aos outros e às situações vivenciadas.
Infelizmente, o comportamento do chato persiste por dois motivos: ou porque acaba sendo reforçado positivamente – às vezes recebe um elogio ou alguém que compartilha seu ponto de vista – ou negativamente, ou seja, por um comportamento de fuga/esquiva – as pessoas não reagem ao chato na esperança de que ele se toque. Essa até seria uma boa tática de extinção do comportamento do chato se não houvesse reforçamento positivo intermitentes.
Desta forma, a saída diante do chato pode ser uma advertência direta sobre o seu comportamento inoportuno, ou, em um caso extremo, a punição: deixá-lo à mercê de outros chatos. Quem sabe não dê certo?










Um comentário:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkk Eu gostei muito do texto! Lembrei logo de uma pessoa que tem os mesmos comportamentos,ou seja, é uma chata.Acho que o senhor se baseou nela pra fazer esse texto. Parabéns!

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