segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Orar com Simplicidade III

Ensinamentos de Jesus
Além de ser sua vida, a oração foi tema freqüente de sua pregação e de suas conversas com os discípulos. Impulsionados pelo exemplo, pedem-lhe que lhes ensinem a orar como Ele o faz (Lc 11, 1-4). O que se renova na base da oração cristã é a presença de Cristo nela: é oração de Jesus, e não somente uma imitação. “SE pedirmos alguma coisa a meu Pai em meu nome, ele vos dará. Até agora não pediste nada em meu nome. Pedi e recebereis, para que vossa alegria seja perfeita” (Jo 16, 23-24).

Podemos classificar estes ensinamentos assim:
1. No sermão da montanha, existem indicações abundantes sobre a atitude de oração do cristão e suas expressões externas correspondentes (Mt 6-7).
2. As parábolas ensinam plasticamente e com linguagem figuradas essas mesmas verdades da oração cristã. Sendo as parábolas obra e criação do Senhor, elas adquirem o valor de ensinamentos diretos.
3. Oração realizada que acontece próximo de Jesus. Pedem-lhe milagres e ajuda, dão-lhe graças; uns com fé, outros por curiosidade ou por desprezo. Pelas reações do Senhor, vemos que formas de orar lhe agradam e as que provocam nele desgosto e rejeição.
4. O pai-=nosso é a fórmula por excelência da oração cristã Ele assume todos os requisitos e características do exemplo de Cristo e de seus ensinamentos (Mt 6; Lc 11).
5. Também há no evangelho a oração dialogal, a relação de amizade. O fato mais evidente e o exemplo mais claro é o diálogo de Jesus com a samaritana (Jo 4).
Uma das qualidades com a qual distingue a oração cristã é o caráter secreto (Mt 6,5-6). Não se trata de um segredo material que não permite que ninguém veja ou saiba que o cristão reza. A oração de Jesus freqüentemente ocorre diante dos demais. Tomada literalmente, a norma do segredo pareceria condenar a oração pública, as orações comunitária. O segredo nas palavras de Jesus se opõe à ostentação e ao espetáculo, e não à simples visibilidade. Ao se manifestar aos demais, seu propósito é identificar os cristãos e servir-lhes como testemunho.

Igreja que ora
A comunidade inteira se sente comprometida com a ordem de Jesus de que devemos orar sempre sem esmorecer. É o povo novo, redimido para dar a Deus o verdadeiro culto, para adorá-lo e glorificá-lo comunitariamente, visivelmente, apresentando-se como comunidade que ora. Além do mais, o Novo Testamento nasceu nesse clima de oração e meditação comunitária sobre a vida e as palavras de Jesus.
A primeira imagem que temos do grupo cristão, imediatamente depois da Ascensão, é a da comunidade que ora> “todos eles oravam constantemente na mais íntima união, com algumas mulheres, com Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dele” (At 1,14). “ Perseverar em oração/”, conforme uma outra tradução, é uma expressão que se repete a proteção da igreja primitiva (At 2. 42; 2, 46-47; 5, 12; 6,4). Essa é a expressão natural de seu ser comunidade, que celebra a eucaristia.

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